Estamos vivendo num mundo sustentado pela tecnologia, onde as informações estão sendo muito mais disponibilizadas. Sabemos que as escolas precisam acompanhar esta evolução e, conseqüentemente, o(a) professor(a) precisa estar preparado(a) para desempenhar o seu papel de mediador de modo que ele(a) saiba aproveitar o recurso da informática, estimulando o aluno, repensando sua prática, buscando novos caminhos para transformar o ambiente da escola num verdadeiro espaço de aprendizagem.

Entretanto, mesmo com toda essa tecnologia disponibilizada no mercado, com escolas aqui em Feira de Santana equipadas com novas tecnologias não podemos os furtar a certas indagações: qual o papel da tecnologia na escola? Qual o papel da tecnologia no processo ensino aprendizagem? Estas indagações inquietam a professores e outros membros da sociedade e aumentam mais ainda quando recordamos um comentário de uma professora da zona rural onde ela diz que outro colega da zona urbana questionou como pode ainda existir sala de aula sem data - show ou professores que não dominam o uso dos computadores. Ela revidou contando que na escola em que trabalha tem alunos concluindo o ensino médio e só conhecem computador porque tem um na secretaria da escola e outro que fica a disposição deles; que a internet só conhece em teoria e ainda, nesta mesma escola, tem professores pós graduados que nunca tiveram acesso à um computador e, só agora, com cursos como o Proinfo ( já uma realidade, mas insuficiente pela quantidade de professores atuando em nossa cidade), estão tendo acesso a tais conhecimentos.

Não resta dúvida que o uso das TIC’s ( Tecnologia da Informação e Comunicação) na educação auxilia a compreensão, facilitam cada vez mais o processo de consulta, ensino, aprendizado e colaboração entre estudantes, professores e profissionais da educação. Mas sabemos também que a inclusão digital nas escolas ainda não corresponde à totalidade, só uma modesta parcela dos educadores feirenses já teve a oportunidade de perceber a riqueza das TIC’s e como elas podem aprimorar o processo de aprendizado.

Na sociedade da informação todos precisam reaprender a conhecer, a comunicar, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social. Sabemos também que o computador, por exemplo, na sala de aula modifica a forma de dar aulas, como recurso para melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Ajuda a contextualizar, a ampliar o universo alcançado pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos significados no conjunto das informações trazidas. Mas para isso é necessário que o(a) professor(a) esteja apto(a) para essa tarefa. Ele(ela) deve ser preparado(a) para  lidar com estas novas tecnologias.

Com isso, o papel do(a) professor(a) se amplia significativamente. Deixa de ser apenas um informador, que passa conteúdo e se transforma em orientador de aprendizagem, em gerenciador de pesquisa e comunicação, dentro e fora da sala de aula, pois as tecnologias digitais trazem possibilidades interativas para a educação, oferecem novas possibilidades de aprender e deixam de ser uma simples auxiliar da aprendizagem, tornando-se o centro de outra forma de aprender e ensinar. O(a) professor(a) torna-se um aliado na construção do indivíduo – aluno – cidadão. Mas, para isso, como foi dito antes, o(a) professor(a) também precisa estar preparado para tal tarefa.